Reprodução sob controle

Os programas para melhorar a eficiência reprodutiva dos rebanhos bovinos estão cada vez mais inseridos no manejo das fazendas em todo o território brasileiro.  Os resultados são geralmente positivos e justificam o investimento.

Um ponto fundamental para o sucesso destes programas é a adoção de calendários sanitários com vacinas contra doenças reprodutivas. Essa interação entre programas de melhoria da eficiência reprodutiva com programas sanitários é de grande importância para a viabilidade econômica dos sistemas de produção.

Muitos agentes infecciosos podem infectar os animais e comprometer os índices reprodutivos de machos e fêmeas em diferentes formas. Os sinais dessas infecções podem ser identificados nos rebanhos como: infertilidade, aumento do número de serviços por concepção, perdas gestacionais em diferentes fases, etc. Conhecer a situação epidemiológica dos rebanhos ajuda na elaboração de um plano preventivo para o controle das doenças.

O valor de uma gestação é elevado se comparado com o valor dispendido com a utilização de vacinas reprodutivas. A imunização dos rebanhos contra os agentes infecciosos que causam problemas reprodutivos é sem dúvidas um manejo com excelente custo-benefício.

A ausência dos sinais de doenças que causem perdas reprodutivas na propriedade não exclui a necessidade dos programas de vacinação. Nestes casos, as vacinas são o “seguro” do rebanho contra entrada e disseminação de possíveis agentes que comprometam a sanidade do rebanho.

Vale ressaltar que os programas de vacinação fazem parte do manejo reprodutivo e outros fatores como climáticos, nutricionais, genéticos e endocrinológicos também competem para causar perdas produtivas.

 

Impacto econômico dos problemas reprodutivos

O impacto econômico das doenças reprodutivas depende do tipo de sistema que se adota e das características de cada doença. É comum considerar o aborto, de maneira genérica como principal indicador de perdas econômicas relacionadas a reprodução.

Se tomarmos como exemplo uma de 80%, as perdas de bezerros entre o diagnóstico de gestação e a desmama podem ser entre 6-10%. Nesse número, as perdas por aborto são de 3% e podemos considerar também mais ou menos o mesmo valor para perdas embrionárias.

Uma vaca que não produz um bezerro por ano se transforma em um gasto, afetando a rentabilidade da fazenda.

Como melhorar esse cenário?

A prevenção das doenças reprodutivas nos rebanho bovinos causadas por vírus e bactérias utilizando programas de vacinação é indispensável para melhorar os índices reprodutivos e produtivos nas propriedades.

Para a escolha de vacina correta para prevenção de problemas reprodutivos devemos levar em conta:

  • Gerar imunidade duradoura e eficaz.
  • Vacina ser segura, não causar doenças nem reação no ponto de aplicação.
  • Conter cepas selecionadas de surtos locais.
  • Proteger os animais contra o máximo de doenças.
  • Ter respaldo técnico.

Principais doenças que causam perdas reprodutivas

Doença

Agente

Sintomatologia

Quando causa problemas

Zoonose

Bactérias

Leptospirose

Leptospira sorovares:
Wolffi, Hardjo prajitno, Pomona, Icterohaemorrhagiae,
Hardjo bovis, Canicola, Copennhageni e Bratislava

Infertilidade
Abortos
Morte de bezerros
Icterícia
Hemoglobinúria

Durante toda a gestação

Sim

Campilobacteriose

Campylobacter fetus subsp. Veneralis
Campylobacter fetus subsp. Veneralis

biotipo intermedius

Infertilidade
repetição de cio

Primeiro terço de gestação

Não

Campylobacter fetus subsp. Fetus

Abortos

5° e 6° mês de gestação

Vírus

Diarreia Viral Bovina
(BVD)

Vírus da diarreia viral bovina tipo I

(BVD tipo I)

 Vírus da diarreia viral bovina tipo II

(BVD tipo II)

Morte embrionária
Abortos
Nascimento de PI
Má formação do SNC
Problemas oculares
Morte de recém nascido
Hipoplasia ovariana

Durante toda a gestação

Não

Rinotraqueite infecciosa bovina
(IBR)

Herpes vírus bovino tipo I

Reabsorção embrionária
Abortos
Quadros respiratórios

Durante toda a gestação

Não

Herpes vírus bovino tipo 5

Encefalite viral

 

As doenças

1. Leptospirose

A Leptospirose é uma zoonose que causa muitas perdas na criação de bovinos. O principal sintoma é o aborto, decorrente da infecção uterina pela bactéria. Outros achados reprodutivos são: nascimento de bezerros fracos ou mortos, infertilidade, falhas reprodutivas, e em casos mais avançados morte.

Embora seu agente esteja disseminado em todo o território nacional, são mais frequentes em regiões ou propriedades onde há áreas alagadiças – trata-se de um agente que sobrevive bem em ambientes bem úmidos. Os principais sorovares presentes no Brasil são hardjo, wolffi, pomona, canicola, icterohaemorragiae e grippotyphosa.

A contaminação dos animais ocorre por transmissão via oral ou contato direto do agente com a pele e mucosas.

O diagnóstico pode ser realizado com a combinação do histórico clínico dos animais com resultados de exames laboratoriais.

O controle se dá através da adoção de programas de vacinação aliado a estratégias de manejo nas propriedades.

2. IBR

A rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR) é uma doença causada por um herpesvírus bovino (BoHV), que além de causar problemas reprodutivos pode causar danos em outros locais do organismo, como comprometimento respiratório (tosse, espirro, corrimento nasal), corrimento ocular e sintomatologia nervosa. Os problemas reprodutivos mais comuns associados à IBR são: em machos a Balanopostite Infecciosa Bovina (IPB) e nas fêmeas a Vulvovaginite Pustular Infecciosa (IPV). Outros sinais também são observados como repetição de estro, morte embrionária e aborto em diferentes fases da gestação, além de nascimento de bezerros fracos.

A contaminação dos animais ocorre principalmente via cópula.

Os herpevírus bovino mais importantes relacionados a problemas reprodutivos são o BoHV-1 e o BoHV-5, sendo o tipo 1 geralmente isolado de animais com problemas respiratório, abortos, IPB, IPV e o tipo 5 relacionado a problemas neurológicos.

O BoHV pode permanecer latente em alguns locais no organismo dos animais, principalmente gânglios nervosos, e em decorrência de situações que causem algum tipo de estresse e reduzam a imunidade (partos, deficiência nutricional, outras doenças) caem na circulação e infectam novamente o animal causando sintomatologia clínica.

O controle se dá através da adoção de programas de vacinação aliado a estratégias de manejo nas propriedades.

3. BVD

A Diarreia Bovina Viral é uma doença causada por um vírus da família Pestivírus. Os genótipos mais importantes são o tipo I e tipo II. BVD causa problemas gastrintestinais e falhas reprodutivas por alterar o ambiente uterino, dificultando a implantação do embrião ou causando mortes embrionárias nas fases iniciais de gestação. Pode causar também retorno ao cio e abortos.

Esta doença é transmitida pelo contato com secreções de animais infectados e por via venérea através de sêmen ou embriões contaminados.

Uma característica importante da doença é que fêmeas infectadas entre 50° - 120° dia de gestação, o feto pode também se contaminar. Se o feto não morrer durante a gestação, pode se tornar o que chamamos de Permanentemente Infectado – PI. Esses animais são extremamente importantes para a disseminação da doença nas propriedades, pois eliminam altas quantidades de vírus no ambiente por toda vida e como geralmente não possuem anticorpos circulantes, não são detectáveis a nos exames sorológicos e passam despercebidos pelo rebanho.

Se a fêmea for infectada entre o 100° e o 150° dia de gestação pode ocorrer abortos, má-formação, ou mesmo mumificação ou maceração fetal.

4. Campilobacterioses

A Campilobacteriose genital bovina é uma doença causada pela bactéria Campylobacter fetus (C. fetus) do qual se conhecem 2 subespécies: veneralis (C. fetus subespécie veneralis) e fetus (C. fetus subespécie fetus ),  por sua vez a subespécie veneralis apresenta um biótipo intermedius (C. fetus subespécie veneralis biótipo  intermedius). É uma doença amplamente difundida no rebanho brasileiro e que acomete tanto o gado de corte como gado de leite e causa perdas reprodutivas.

O habitat natural da bactéria é o trato reprodutivo das fêmeas e pênis e prepúcio dos machos. Nos machos causa uma doença assintomática. A principal forma de transmissão é pela monta natural e utilização de matérias para IA e/ou sêmen contaminado.

Os sinais clínicos podem ser variados e vão desde repetição de cio, cios irregulares, baixa taxa de prenhez, ate endometrites e morte embrionária. O aumento no intervalo entre partos pode representar um indicio de que o rebanho se apresenta infectado com a doença.

C. fetus subsp. fetus é um dos principais agentes responsáveis por abortos no terço final de gestação.

O diagnóstico definitivo da doença é laboratorial e realizado através do isolamento e identificação do agente em amostras de sêmen, lavado prepucial, muco cervical e material de feto abortado.

A solução: Bovigen® Repro Total Se

Vacina inativada para a prevenção da Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR), Diarreia Viral Bovina (BVD), Leptospiroses e Campilobacterioses em bovinos. Contem Selênio como melhorador de resposta imune.

Composição: Suspensão inativada de herpesvírus bovino tipo 1 e tipo 5, Diarreia Viral Bovina tipo 1 e tipo 2, Leptospira interrogans sorovares: pomona, wolffi, hardjoprajitno, icterohaemorrhagiae, canicola, copenhageni,bratislava e Leptospira borgpetersenii sorovar hardjobovis, Campylobacter fetus subsp. fetus, Campylobacter fetus subsp. venerealis, Campylobacter fetus subsp. venerealis biotipo intermedius, Selênio (como selenito de sódio) 10 mg/dose em hidróxido de alumínio a 10%.

Posologia: Bovinos: 5 mL. Primovacinação: aplicar pela via subcutânea ou intramuscular duas doses separadas com intervalos de 21 a 30 dias. Reforço anual.

Apresentação: Frascos contendo 100 mL ou 250 mL.

Espécies indicadas: Bovinos.

Plano de vacinação

Os protocolos de vacinação preventivos contra doenças reprodutivas devem ser desenvolvidos com o respaldo do Médico Veterinário responsável pela propriedade com o objetivo de indicar a vacina de forma correta e garantir a melhor resposta do programa. O calendário sanitário pode variar de propriedade para propriedade.

               

Conheça a linha completa de vacinas Bovigen®, para proteção do seu rebanho.

 

Bovigen® Repro TOTAL Se - A vacina para prevenção da IBR, BVD, leptospiroses e campilobacterioses mais completa do mercado.

biovigen-repro-total.png

Bovigen® V4 J5 – Vacina para a prevenção de problemas respiratórios e diarreias. 

biovigen-v4j5.png

Bovigen® Lepto8 – Vacina mais completa do mercado para prevenção das leptospiroses.

bovigen-lepto8